Entre os meses de setembro e dezembro deste ano, o ITDP Brasil irá publicar uma série de reportagens sobre o impacto do racismo estrutural nos deslocamentos de pessoas pretas e pardas nas cidades brasileiras. As ações fazem parte do projeto A Cor da Mobilidade, que tem como objetivo dar visibilidade a como os sistemas de mobilidade urbana são impactados pelo racismo histórico, e colaborar para que gestores públicos e organizações da sociedade civil reconheçam este problema estrutural.
A construção das reportagens está sendo feita com base em entrevistas com diversos atores negros que trabalham com mobilidade urbana. Os conteúdos das publicações irão abordar a experiência dessas pessoas que trabalham com o tema – como a baixa representatividade nos espaços que ocupam -, além da dificuldade de acesso da população negra aos modais, a experiência de usuários pretos e pardos ao transitar pelas cidades, entre outras questões.
Para Mariana Brito, Coordenadora de Comunicação do ITDP, a iniciativa tem um grande potencial para a audiência do ITDP, pois “gestores públicos têm ferramentas para mudar essa realidade. Construir e implementar políticas públicas que sejam sensíveis à raça são caminhos importantes para que o deslocamento de pessoas negras sejam mais seguros e acessíveis”. Além dos tomadores de decisão, ela enfatiza o papel de outros atores: “As organizações da sociedade civil e a academia também precisam abordar esse assunto em suas agendas. Incluir recortes raciais em suas pesquisas e projetos pode impulsionar reflexões, mudanças e novas narrativas”, acrescenta a jornalista.
As cinco reportagens e os materiais do projeto serão lançados em todos os canais institucionais do ITDP: site, Facebook, LinkedIn e Twitter. A primeira irá ao ar ainda esta semana. Caso queira receber um aviso sempre que uma nova reportagem for publicada, clique aqui e inscreva-se em nosso informativo.
Leia as reportagens completas:
- Como o serviço de transporte público no Brasil reflete o racismo estrutural
- Como a configuração das cidades reflete o racismo e atrapalha a mobilidade
- Como a falta de dados sobre mobilidade reforça o racismo estrutural
- Por que meninas negras não aprendem a pedalar
- Como a mobilidade dos negros no Brasil se relaciona com a questão ambiental
Confira as entrevistas:
- Amanda Corradi
- Andreia Coutinho
- Anna Benites
- Carolina Duarte
- Daniel Caribé
- Glaucia Pereira
- Henrique Silveira
- Jamile Santana
- Jô Pereira
- Kelly Fernandes
- Paique Duques Santarém
Confira quem faz parte dessa iniciativa junto com a gente:
Urbanista e arquiteta graduada pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Idealizadora da plataforma Ruas e Rimas, que propõe estudos urbanos a partir da cultura Hip Hop. Artista visual por ofício, em sua produção tem trabalhado especialmente com colagem (digital e analógica) e fotografia.
Sarah Esli
Carioca, tem 30 anos e se formou em jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro em 2013. Com passagens pelas redações do site Exame.com, da revista Veja Rio e do jornal O Globo, tem diversas reportagens publicadas sobre as áreas de mobilidade, racismo e outros assuntos no Uol e em outros veículos de imprensa.
Saulo Pereira Guimarães