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ITDP analisa fluxo de ciclistas para apoiar o Plano Cicloviário do Rio de Janeiro

Disponível em: português

Para fornecer insumos técnicos no desenvolvimento do Plano de expansão da rede cicloviária do Rio de Janeiro, o ITDP Brasil, em parceria com a Transporte Ativo e o LABMOB, realizou uma pesquisa para identificar o fluxo de ciclistas que chegam ao centro da cidade. A análise permite verificar as rotas mais utilizadas, servindo de base para orientar as prioridades para investimentos públicos e otimizar os recursos municipais disponíveis.

A pesquisa consiste numa série de contagens de ciclistas realizadas em pontos estratégicos nos acessos à região central. A atividade foi realizada presencialmente e considerou não somente o número de bicicletas, mas também as principais características dos veículos e usuários. Nessas ocasiões foram considerados aspectos como: gênero, faixa etária, carona, tipo da bicicleta (normal, cargueira, elétrica, etc.), uso de bicicletas compartilhadas, velocidade média, dentre outros. A riqueza desses detalhes permite à gestão pública monitorar metas específicas, como, por exemplo, ampliar o número de mulheres pedalando na cidade.

Os resultados reforçam a importância de reduzir os limites de velocidade para veículos motorizados a fim de garantir a segurança dos ciclistas. Também destacam a relevância da infraestrutura cicloviária contemplar o deslocamento dos ciclistas em ambos sentidos de tráfego, além de serem bem sinalizadas e pensadas em rede. A existência de infraestrutura de apoio (como bicicletários, por exemplo) e da integração com o transporte público foram outros resultados que frisam a importância de um planejamento cicloviário.

Sobre o Plano de Expansão da rede cicloviária

Defendido e desejado pela sociedade civil, o Plano Cicloviário, em desenvolvimento pela  Companhia de Engenharia de Tráfego do Rio de Janeiro (CET-Rio) e pela Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), tem como objetivo garantir qualidade e segurança na circulação de bicicletas em todas as regiões da capital fluminense. A oferta de infraestrutura cicloviária associada a medidas de acalmamento de tráfego e integração com transportes de média e alta capacidade formam uma receita capaz de estimular as pessoas a usar a bicicleta como meio de transporte diariamente.

Viabilizar a realização de viagens de até cinco ou oito quilômetros por bicicletas pode reduzir os impactos negativos do uso excessivo de carros e motos, além de aumentar a saúde e a qualidade de vida da população. Contudo, para que a mobilidade por bicicleta seja atrativa é fundamental que ela seja compreendida como um meio de transporte seguro. A redução dos sinistros de trânsito envolvendo ciclistas, dentro da abordagem de segurança no trânsito chamada sistemas seguros, pode ser perseguida a partir de uma política cicloviária robusta e que considere os desejos e as necessidades das pessoas que se deslocam por bicicleta.

No contexto carioca, desenhar rotas cicloviárias seguras vai ao encontro  da implementação do Distrito de Baixa Emissão de Carbono. O projeto prevê a inclusão de 33 quilômetros de rotas cicláveis na região central para reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa e demais poluentes do ar na região, além de fornecer opções sustentáveis de acesso às atividades locais.         

Diversas cidades do mundo mostram o ganho social e ambiental do desenvolvimento e implementação de um plano voltado para ampliar o uso e o acesso às bicicletas. Levar a oferta também para áreas periféricas também é prioritário, uma vez que essas áreas historicamente recebem menos investimentos em políticas desta natureza, apesar do uso elevado da bicicleta. 

Cidades mais pedaláveis são cidades mais saudáveis, limpas e amigáveis para as pessoas. Ao desenvolver o plano de expansão da rede cicloviária, o Rio de Janeiro dá um importante passo rumo a um futuro mais resiliente e sustentável.

Sistemas Seguros

Para enfrentar este desafio é necessário implementar uma abordagem sistêmica de segurança – também chamada de Sistemas Seguros – que considere a vulnerabilidade do corpo humano e busque minimizar o impacto e a gravidade de erros que levam a acidentes no trânsito. Os sistemas seguros deram origem ao conceito de “Visão Zero”, adotado pela primeira vez na Suécia, em 1997, baseado na premissa de que nenhuma morte no trânsito é aceitável. De acordo com o Plano Global para a Segunda Década de Segurança Viária da ONU (2021-2030), essas ações devem ser articuladas a partir de cinco frentes de atuação:

  • Incentivar o transporte multimodal e o planejamento de uso de solo;
  • Melhorar a segurança da infraestrutura de vias;
  • Garantir a segurança do veículo;
  • Estabelecer e fiscalizar a legislação de segurança no trânsito;
  • Melhorar a resposta pós-sinistro.

 O ITDP vem dando suporte à cidade do Rio de Janeiro para ampliar o número de pessoas que residem próximas às infraestruturas cicloviárias, por meio da campanha Cidades Pedaláveis. Além da capital carioca, as cidades de Fortaleza, Recife e Niterói estão sendo apoiadas. No contexto internacional, outras capitais estão participando.

 

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