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A importância do Distrito de Baixa Emissão e do Ciclo Rotas no contexto da pandemia

A mudança do clima não é um assunto novo, mas com o passar dos anos o tema está cada vez mais urgente. Modificações capazes de desacelerar esse processo são o alvo de discussões recorrentes. No mês de julho de 2021, por exemplo, a União Européia apresentou um plano ousado – visando reduzir pela metade a emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE) até 2030 – para conter a temperatura global. A Cidade do Rio de Janeiro vem buscando estar alinhada com a agenda internacional e lançou neste ano o Plano de Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática reforçando o seu alinhamento com o Acordo de Paris (2015).

Dentro das metas apresentadas no Plano está a criação do Distrito de Baixa Emissão (anteriormente chamado Distrito Neutro) na região central, com o objetivo de reforçar o compromisso firmado com a C40 para a promoção de ruas verdes e saudáveis. Desde então, a cidade trabalha no desenvolvimento de um projeto capaz de impactar na qualidade do ar respirado diariamente pelos cidadãos. Liderado pela Secretaria Municipal de Fazenda e Planejamento, a iniciativa  está alinhada a uma tendência observada em países como França, Inglaterra e Itália.

Um dos objetivos do Distrito de Baixa Emissão é a promoção da mobilidade limpa, inclusiva e sustentável e, nesse sentido, a expansão das ciclovias no centro é um dos seus principais componentes. O Ciclo Rotas é o plano cicloviário que compõe o projeto. Desenvolvido pelo Instituto de Políticas de Transportes e Desenvolvimento (ITDP Brasil), Transporte Ativo e Studio-X Rio, contou com a participação da sociedade civil e prevê a inclusão de 33 quilômetros de rotas cicláveis na região.

O uso da bicicleta é uma alternativa fundamental para integração com o transporte público existente, garantindo o deslocamento até o destino final para quem chega no Centro usando ônibus, metrô, trem e barcas. A pandemia de Covid-19 reforçou a necessidade da valorização da bicicleta por ser um modo de transporte eficiente para pequenas e médias distâncias, além de reduzir o risco de contaminação durante as viagens. A expansão das ciclovias também amplia a conectividade para os entregadores de aplicativos, que intensificaram seu trabalho durante a pandemia. 

O interesse da prefeitura na execução do projeto é confirmado por meio da inclusão do projeto tanto no Plano Estratégico para Retomada e o Futuro da Cidade (que cria as diretrizes de planejamento para o quadriênio 2021-2024) quanto no  Reviver Centro (que em função dos impactos da pandemia busca a revitalização da área). 

Os transportes urbanos têm grande contribuição na emissão de gases de efeito estufa (GEE) na América Latina. No caso do Rio de Janeiro, de acordo com o Plano Desenvolvimento Sustentável e Ação Climática, o setor é responsável por 41,25% da emissão de gases nocivos. As cidades são o lócus dos problemas, mas também da solução. Nesse sentido, os ganhos associados às iniciativas com foco na redução de poluentes geram não somente resultados climáticos positivos, mas também impactam na saúde pública. A inclusão do Distrito de Baixa Emissão no Plano Estratégico da cidade e no projeto de revitalização do Centro do Rio de Janeiro simboliza um avanço significativo rumo a uma cidade mais sustentável e saudável. 

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