Este estudo foi desenvolvido em parceria com a Scipopulis e apoiado pelo Ministério das Cidades e identifica a quantidade de ônibus elétricos que poderiam ser implementados nas 21 regiões metropolitanas mais populosas do país, no curto e médio prazo, com menor impacto operacional possível, sem necessidade de aumento de frota para complemento da operação e de forma focalizada de acordo com a tecnologia e a idade dos ônibus. Além disso, estima o impacto econômico e a redução de emissões de gases de efeito estufa com a substituição da frota proposta. Os principais resultados mostram que:
- 14.146 veículos atualmente em operação já possuem perfil compatível com os modelos elétricos disponíveis no mercado nacional e poderiam ser substituídos;
- São Paulo, Rio de Janeiro, Goiânia e Belo Horizonte são os sistemas com maior potencial de eletrificação em valores absolutos;
- 24,64% das emissões de gases de efeito estufa dos sistemas analisados são provenientes de veículos com tecnologia Euro III e Euro V com mais de 5 anos, com consumo diário inferior à capacidade de uma bateria;
- Estima-se que a substituição da frota de tecnologia Euro III e Euro V com mais de 5 anos poderia evitar um total de 437,7 kt de CO₂eq por ano, e uma respectiva economia, considerando apenas o Custo Social do Carbono, entre R$ 54,4 e R$ 62,1 milhões por ano.
O estudo ainda apresenta insumos técnicos para o Governo Federal adotar medidas que potencializam as políticas públicas de descarbonização do setor de transporte. O objetivo é maximizar a eficácia dos investimentos públicos e os ganhos socioambientais no médio prazo, além de fortalecer a transparência e a gestão dos sistemas de transporte público coletivo.
