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ITDP lança o indicador PNT (People Near Transit)

O acesso a um sistema de transporte público eficiente pode transformar vidas. Um sistema de média e alta capacidade oferece uma maneira fácil de se deslocar na cidade, seja para trabalho ou para lazer. Para a população de baixa renda, o acesso ao transporte pode significar novas oportunidades de emprego e menos tempo gasto no deslocamento de casa para o trabalho.

Assegurar que todos tenham acesso ao transporte de média e alta capacidade é uma tarefa importante para uma cidade justa e sustentável. Por isso, o ITDP está sempre buscando novas e diferentes formas de medir o progresso da expansão do acesso ao transporte de média e alta capacidade nas cidades..

Avaliar a acessibilidade aos sistemas de transporte é uma tarefa complexa que exige uma pesquisa detalhada sobre as regiões e seus entornos, localização dos destinos e a relação deles com as redes de transporte.  Este é tipo de informação que não está disponível em grande parte das cidades, de tal modo que o ITDP começou a medir o número de pessoas nas cidades que estão ao alcance do transporte de média e alta capacidade, com objetivo de colaborar para a criação de uma base de dados com essas informações, que pudesse facilmente ser utilizada para fins comparativos entre cidades e para acompanhar a evolução da acessibilidade da população aos sistemas de transporte nela existentes ou em planejamento (já que ela pode ser usado para previsões).

Fruto dessa pesquisa, a equipe técnica do ITDP desenvolveu o Indicador de proximidade ao transporte de média e alta de capacidade  (PNT, sigla para o termo original em inglês People Near Transit). O PNT é um indicador que mensura o percentual da população de uma cidade ou região metropolitana que reside em um raio de até 1 km de estações de sistemas de transporte público de média e alta capacidade.

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A primeira pergunta a fazer
para entender do que se trata o PNT é:
Existe uma estação de transporte de alta capacidade
perto de onde as pessoas vivem?

Mas a distância até o sistema de transporte de média e alta capacidade não é o único fator para ser considerado para se medir a acessibilidade. É fundamental, por exemplo, que o caminho até as estações de média e de alta capacidade ofereça segurança, vias bem pavimentadas e agradáveis para se caminhar, atrativos no percurso (oferta de comércio local, por exemplo), abrigo e proteção contra o sol, além claro de infraestrutura para bicicleta.

Quanto mais pessoas vivem próximo à estações de transporte de média e alta capacidade, melhor é o acesso a bens e serviços. O ITDP considera razoável a distância de 1 km, percorrida entre 10 a 15 minutos de caminhada, para que os usuários tenham acesso ao transporte de média e alta capacidade. (BRT, metrô, trens e VLT), capaz de atrair e manter usuários do transporte de média e alta capacidade e reduzindo a dependência do automóvel.

Enquanto as cidades crescem e mudam, haverá flutuação nos indicadores relacionados ao PNT, mesmo que a infraestrutura de transporte de média e alta capacidade permaneça igual. Se um novo empreendimento habitacional for construído perto de uma estação de alta capacidade, o PNT vai aumentar, enquanto que novas habitações mais distantes vão provocar queda no PNT. Os dados do PNT serão úteis para auxiliar gestores públicos e planejadores urbanos na avaliação de sistemas e políticas habitacionais, incluindo comparações entre cidades ou mudanças ao longo do tempo. Quanto maior for o acesso aos sistemas de alta capacidade, mais as cidades vão deixar para trás um modelo de desenvolvimento urbano centrado no automóvel e, em contrapartida, se tornarão mais sustentáveis. Essa mudança, aliada a um desenho urbano orientado para as pessoas, privilegiando o acesso a pé e de bicicleta, transformarão as cidades em lugares melhores para se viver.

Nos últimos anos algumas cidades brasileiras têm obtido grandes progressos com seus programas de expansão de BRT (Bus Rapid Transit). Em 2010, aproximadamente 36% da população da cidade vivia dentro do raio de 1km até o transporte de média e alta capacidade, oferecido apenas por metrô e trens. Em 2015, esse número aumentou em 10 pontos percentuais, passando para 47% do total da população, em virtude da implementação dos corredores de BRT TransOeste e TransCarioca. Com esse resultado, cerca de 650.000 pessoas passaram a ter acesso ao sistema de média e alta capacidade.

Mesmo assim, a cidade do Rio de Janeiro ainda tem um longo trabalho pela frente, com a implementação de novos corredores de BRT (TransBrasil e Trans Olímpica), criação da rede de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e ampliação da malha de metrô. Quando todos esses sistemas estiverem em pleno funcionamento, o indicador de PNT aumentará em mais 10 pontos percentuais, chegando a 56% o total da população em 2020. Isso significa um aumento de 20% em menos de 10 anos e os benefícios serão sentidos por mais de um milhão de habitantes.

No futuro, os dados do PNT poderão ser utilizados para avaliar o progresso da oferta de transporte de média e alta capacidade nas cidades, o desenvolvimento de novas centralidades e a implementação de políticas de habitação de interesse social. Desse modo, o PNT é uma ferramenta poderosa para rastrear padrões de desenvolvimento urbano, buscando transformar cidades em lugares melhores para se viver.

* última atualização: 12/01/2017

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