A MobiliDADOS, plataforma de indicadores de mobilidade urbana do ITDP Brasil, foi atualizada com novos indicadores de acessibilidade. Os dados mostram quanto tempo as pessoas levam para acessar estabelecimentos de saúde e unidades educacionais nas cidades de Belém, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. A análise, que contempla deslocamentos feitos a pé e por bicicleta, é fruto do Projeto Acesso a Oportunidades, realizado em parceria com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
O principal objetivo do diagnóstico, que teve o seu primeiro estudo lançado em janeiro deste ano, é mostrar como as políticas de transporte e desenvolvimento urbano interferem no tempo e na facilidade que as pessoas têm para chegar aos destinos desejados, como escolas públicas e unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Na cidade de Brasília, por exemplo, 24% das pessoas não consegue acessar à pé um equipamento de saúde de baixa complexidade, como uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em 30 minutos. Em Belo Horizonte, Recife e São Paulo, esse dado cai para menos de 5%.
No vídeo você aprende como extrair os dados no site da MobiliDADOS.
Os dados ressaltam as desigualdades existentes
Por meio dos mapas que fornecem os indicadores, é possível perceber uma concentração de oportunidades de saúde e educação nas regiões centrais, onde, na maioria das cidades brasileiras, reside a população mais branca e com rendas mais altas. Nesse sentido, os novos dados de acessibilidade têm como objetivo fornecer subsídios para o aprimoramento das políticas urbanas, auxiliando pesquisadores e gestores públicos na construção de cidades mais justas e acessíveis.
Além dos dados disponíveis na MobiliDADOS, outros indicadores encontram-se na plataforma do Ipea dedicada ao projeto, como os de dados de acesso por meio do transporte público.
