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Ciclo Rotas Centro será um dos projetos brasileiros na Bienal de Arquitetura de Veneza

O Ciclo Rotas Centro, fruto de uma parceria entre ITDP Brasil, Transporte Ativo e Studio-X Rio com participação da sociedade civil, foi um dos projetos selecionados para o pavilhão brasileiro na 15ª Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza. Com o tema “JUNTOS”, o projeto para o Pavilhão do Brasil busca evidenciar histórias de pessoas que lutam e alcançam mudanças na passividade institucional das grandes cidades do país.

A mostra é uma composição dessas trajetórias e parcerias, do processo do encontro do ativista, do lutador, com o arquiteto e com a arquitetura, tornando-se imanados pela elaboração do novo espaço”, explica Washington Fajardo, arquiteto e urbanista curador do pavilhão brasileiro, e presidente do IRPH (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade).

O pavilhão vai reunir processos que podem estar concluídos, em projeto, por fazer ou inacabados, na busca pelo entendimento do que seria estarmos “juntos”. São processos que falam de arquitetura, urbanismo, patrimônio cultural, publicações, ativismo e tecnologia social. O Ciclo Rotas Centro teve início em 2012 e contou com a participação de representantes da sociedade civil, urbanistas, arquitetos e interessados em geral.

Quando a sociedade se organiza surgem as maiores oportunidades de transformação das cidades. Não de uma transformação de cima para baixo, feita a ferro e fogo – e muito concreto – mas a partir da conjunção dos interesses comuns das pessoas. Este projeto, mais uma vez, demonstrou como aqueles que pedalam estão organizados e dispostos a colaborar para tornar nossa cidade mais humana, gentil e agradável”, reforça Pedro Rivera, diretor do Studio-X Rio, um dos autores do projeto. Ao lado de Zé Lobo, presidente da Transporte Ativo, e Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP Brasil, também indicados para integrar o pavilhão brasileiro na bienal.

Para entender melhor: esses três tipos de tipologias cicloviárias foram propostas em diferentes trechos do projeto Ciclo Rotas Centro e se complementam, permitindo mais flexibilidade no planejamento e implementação de uma rede de mobilidade por bicicleta.
Para entender melhor: esses três tipos de tipologias cicloviárias foram propostas em diferentes trechos do projeto Ciclo Rotas Centro e se complementam, permitindo mais flexibilidade no planejamento e implementação de uma rede de mobilidade por bicicleta.

Os participantes juntaram o que já existia de planos para o centro da cidade do Rio de Janeiro e criaram novas propostas, a partir de levantamentos de campo, que buscavam saber por onde as pessoas estavam pedalando e aonde elas gostariam de ir de bicicleta. Foram realizadas contagens de apoio, com mais de 3 mil ciclistas passando por cinco locais-chave (que atualmente não possuem ciclovias) em um intervalo de apenas 12 horas.

Depois, as rotas foram mapeadas e foi criado um planejamento cicloviário para toda a região do Centro (bairros do Centro, Lapa, Saúde e Gamboa). O novo plano nasceu integrado à infraestrutura já existente no Aterro do Flamengo e os 17 km de ciclovias que ainda serão construídas na região do Porto Maravilha, conectando assim a Zona Norte a Zona Sul. 

O primeiro workshop, realizado em 2012 no Studio-X Rio, foi o ponto de partida para a elaboração do projeto Ciclo Rotas Centro. Durante o encontro, foram analisados documentos e mapas com os planos para a cidade e, através de dinâmicas de grupo com a utilização de painéis participativos, sugestões e propostas formaram a base para elaboração das pesquisas de campo.  Veja a galeria de fotos do primeiro workshop do projeto Ciclo Rotas.

Em 2013 com patrocínio do Banco Itaú, uma exposição (como parte do projeto Ciclo Rotas Centro) foi exibida no Studio-X Rio e apresentou os resultados da pesquisa coletiva que mapeou as novas rotas da região. O estudo ofereceu uma proposta de malha cicloviária para o centro da cidade através de painéis com o contexto local e global do uso das bicicletas, sintetizado num mapa/cartaz todo o conteúdo da pesquisa. “A bicicleta funciona como elemento integrador de diversos meios de transporte de massa. Essa rede de mobilidade por bicicleta tem tudo para virar realidade“, destaca Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP Brasil. Veja a galeria de fotos da exposição Ciclo Rotas Centro no Studio-X Rio. Em setembro de 2013, o ITDP Brasil, o Studio-X Rio e a Transporte Ativo realizaram a intervenção Park(ing) Day (no Dia Mundial sem Carro, 22 de setembro) com uma versão condensada da exposição Ciclo Rotas Centro.

Em 2014 a prefeitura do Rio tirou do papel as três primeiras rotas, que juntas somam 3,3 km. Ao todo, o projeto Ciclo Rotas Centro tem 33km de malha cicloviária planejada, dentre ciclovias, ciclofaixas e vias compartilhadas). “É uma conquista importantíssima para ampliar a discussão sobre a mobilidade que queremos para nossa cidade. O Centro do Rio irá mudar totalmente com a implantação do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e uma de BRT (Bus Rapid Transit), e as pessoas vão querer circular pelo centro de outras formas. Em alguns trechos, vagas de estacionamento foram substituídas por ciclofaixas, sinal de que o Rio de Janeiro passa por um momento muito especial: o de priorizar modos de transporte mais sustentáveis e devolver às pessoas os espaços ocupados pelos carros“, reforça Clarisse Cunha Linke.

Acima, imagens do antes e depois da implementação da ciclofaixa na Av. Graça Aranha, no centro do Rio de Janeiro, em espaço público antes destinado a estacionamento na via. Fonte: ITDP Brasil.
Acima, imagens do antes e depois da implementação da ciclofaixa na Av. Graça Aranha, no centro do Rio. Fonte: ITDP Brasil.

As três ciclo rotas implementadas em 2014 e planejadas pelo projeto Ciclo Rotas Centro foram:

MAM – Pça. Henrique Lage/Buraco do Lume/ Lgo. da Carioca: Calógeras, Graça Aranha e Nilo Peçanha (1,3 km)
MAM – Cinelândia: via Beira Mar e Rio Branco (500m)
MAM – Praça XV: via Santa Luzia (1,2 km)

Apesar dos apenas 1,3 km, a primeira delas é importantíssima pois conecta o centro do Rio (e diversas estações de transporte público de média e alta capacidade, como metrô e barcas) à infraestrutura cicloviária já existente no Aterro do Flamengo, integrando assim Centro e Zona Sul da cidade.

Para a criação dessa ciclo rota, vagas de estacionamento em via pública foram removidas e 90 vagas de estacionamento para bicicletas foram instalados na região. Esse é um exemplo emblemático de redistribuição do espaço viário, com substituição de estacionamento em via pública por infraestrutura para bicicletas, “recuperando” espaço público de uma área excessivamente dedicada a veículos motorizados e dando mais lugar aos ciclistas.

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Acima, folder (frente e verso) contendo de forma resumida a área de abrangência, a rede planejada, dados levantados nas pesquisas de campo e gráficos comparativos do projeto Ciclo Rotas Centro. Baixe aqui a versão digital do folder Ciclo Rotas Centro. Abaixo, caderno Ciclo Rotas Centro, disponível apenas em versão digital, contendo de forma detalhada todo o histórico do projeto, registros e fotos da exposição, dados levantados pelas pesquisas de campo, gráficos comparativos e mapas  com a rede de mobilidade por bicicletas proposta para a região do grande Centro. Baixe aqui a versão digital do caderno Ciclo Rotas Centro, com a íntegra do projeto.

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