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Casa Fluminense organiza intervenção com o objetivo questionar a qualidade dos transportes públicos

Nesta quarta, 3 de abril, a Casa Fluminense lança a segunda edição do Boletim da Agenda Rio, sobre mobilidade urbana, em frente à Central do Brasil, com a intervenção “5 minutos para descobrir que o transporte bom e barato é possível”. Serão distribuídos 5 mil exemplares do boletim, que se inspira no formato de jornais populares para abordar a proposta 3.1 do eixo de mobilidade urbana da Agenda Rio 2030.

A proposta da intervenção é criar um dispositivo de interação visual com o público transeunte para abordar a temática da qualidade dos transportes públicos, da necessidade de novas formas de financiamento do sistema, da falta de transparência e da licitação do Bilhete Único. O ITDP Brasil participa como parceiro da ação, além do IDEC, MobCidades, ICS, Agência Chama e Muta.

Perguntas como “Por que a passagem é tão cara?”, “Dá para o transporte ser bom e barato?” e a “Como a corrupção influencia no preço da passagem?” estarão impressas nas faces externas da instalação, em formato de caixa, para provocar a curiosidade do público. Ao entrarem, ao som dos mesmos ruídos que os passageiros estão habituados a ouvir no transporte, diversas caixinhas estrategicamente distribuídas buscarão responder às questões propostas. A cada caixinha compartilharemos um fragmento de uma linha narrativa que busca apresentar caminhos para um transporte público de qualidade e acessível para todos.

“Queremos defender o transporte como direito social, estimular a transparência e as melhorias na qualidade dos serviços de transporte, apontando caminhos para melhor financiar a operação do transporte e para baratear as tarifas para os passageiros”, afirma Vitor Mihessen, Coordenador de Informação da Casa Fluminense. 

Sabe-se que dois milhões de pessoas na região metropolitana do Rio de Janeiro se deslocam de suas casas até as áreas centrais da capital todos os dias, e o alto custo gasto com estes deslocamentos muitas vezes é impeditivo para que moradores dos bairros periféricos e das favelas acessem as oportunidades de trabalho, estudo, ou lazer. Uma trabalhadora que ganha em torno de um salário mínimo compromete 20% de sua renda com transporte, considerando apenas duas viagens de ônibus por dia. Para além de ser caro, o sistema de transportes como um todo possui avaliações bem ruins em termos de qualidade. Faltam conforto, segurança e pontualidade. 

Falta também transparência para determinar o real custo dos transportes no Rio. A ausência dessas informações dificultam o aprimoramento do planejamento e da gestão do sistema de transportes. Como vimos nas investigações das Operações Cadeia Velha e Ponto Final em 2017 e 2018, braços da Lava-Jato aqui no Rio, a corrupção é uma variável do cálculo e impede avanços no setor. Grandes esquemas de pagamentos de propinas em troca de benefícios fiscais, envolvendo a Fetranspor, o Executivo, o Legislativo e o Tribunal de Contas do Estado, apontam para a urgência da licitação da bilhetagem eletrônica.

A iniciativa também tem como objetivo fazer uma cobrança ao governador eleito Wilson Witzel, que prometeu realizar a licitação do Bilhete Único, hoje operado pela RioCard/Fetranspor, em seu programa de governo. 

A intervenção acontece na quarta-feira (3), na Central do Brasil, a partir das 7 da manhã.

Texto atualizado em 02/04.

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