A rápida expansão da malha cicloviária na cidade de São Paulo busca garantir a segurança dos atuais usuários de bicicleta e também atrair mais viagens para este modo. No período de 2013 a 2016, foram planejadas e estão em processo de implementação cerca de 400km de novas ciclovias e ciclofaixas em todas as regiões da cidade.
Ao criar espaços seguros por meio de uma rede cicloviária mínima que atenda aos desejos de viagem dos cidadãos, a tendência esperada é o aumento do uso da bicicleta na cidade, seja de forma cotidiana ou esporádica. No entanto, a incorporação efetiva da bicicleta nas políticas de mobilidade, tal como estabelecida pela Lei Federal 12.587 (que instituiu a Política Nacional de Mobilidade Urbana) e pelo Plano Diretor Estratégico municipal aprovado em 2014, exige que o esforço de constituir indicadores para esta forma de transporte seja ampliado em São Paulo.
O ITDP Brasil realizou um estudo com objetivo de consolidar o histórico da política de mobilidade por bicicletas em São Paulo, propor sugestões para alguns de seus componentes estratégicos e analisar a rede cicloviária implantada até o momento. “O desenvolvimento de uma política de mobilidade que contemple a bicicleta não deve ser entendida apenas como a construção de infraestrutura para seu uso como veículo, já que ela tem um papel fundamental na mudança do comportamento de mobilidade das pessoas”, explica Thiago Benicchio, gerente de Transportes Ativos para São Paulo do ITDP Brasil.
Sendo assim, o estudo elaborou uma série de recomendações para o fortalecimento das políticas relacionadas à mobilidade por bicicletas, em dois eixos principais: (1) identificação do histórico de ações, programas e políticas de mobilidade por bicicleta; (2) análise da rede cicloviária implantada no município de São Paulo.
A análise da rede cicloviária apresenta os resultados de uma avaliação in loco realizada pela equipe do ITDP Brasil, propondo recomendações para a melhoria da rede existente e da planejada e/ou futura. Em novembro de 2015, quando da realização deste levantamento, a rede cicloviária de São Paulo era composta por 328 km de infraestrutura exclusiva (ciclovias e ciclofaixas) e 31,9 km de vias compartilhadas com sinalização cicloviária (ciclorrotas).
“A ampliação da rede cicloviária em São Paulo tem o potencial de atrair novos usuários, consolidando a bicicleta como uma alternativa real de transporte para a população. Nosso trabalho buscou identificar as questões mais relevantes que precisam ser melhoradas para que a bicicleta seja plenamente adotada como modo de transporte seguro, confiável, confortável e conveniente para todos”, explica Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP Brasil.”, explica Clarisse Cunha Linke, diretora-executiva do ITDP Brasil.
O critérios de qualidade utilizados para avaliar a infraestrutura da rede cicloviária de São Paulo foram baseados, principalmente, em duas referências bibliográficas: Urban Bikeway Design Guide (NACTO, 2011) e Manual Ciclociudades (ITDP, 2011) que, por sua vez, traz referências do material holandês Sign up for the bike (CROW, 1993).
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Política de Mobilidade por Bicicletas e Rede Cicloviária de São Paulo: Análise e Recomendações
Este relatório busca consolidar o histórico da política de mobilidade por bicicletas em São Paulo, propor sugestões para alguns de seus componentes estratégicos e analisar a rede cicloviária implantada até o momento. A análise da rede cicloviária apresenta os resultados de uma avaliação in loco, propondo recomendações para a melhoria da rede existente e da planejada e/ou futura. Em novembro de 2015, quando da realização deste levantamento, a rede cicloviária de São Paulo era composta por 328 km de infraestrutura exclusiva (ciclovias e ciclofaixas) e 31,9 km de vias compartilhadas com sinalização cicloviária (ciclorrotas). Conheça este estudo acessando o relatório.