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Índice de Vulnerabilidade das Mudanças Climáticas na Mobilidade Urbana

As mudanças climáticas estão transformando a maneira como as pessoas se deslocam nas cidades. As ondas de calor, as chuvas intensas e as inundações afetam diretamente o transporte público e a mobilidade cotidiana, com impactos mais significativos sobre as populações vulnerabilizadas. Nesse contexto, o ITDP Brasil atualizou o Índice de Vulnerabilidade das Mudanças Climáticas na Mobilidade Urbana (IVMU), originalmente publicado em 2018. O novo estudo oferece uma visão atualizada sobre o quão preparadas — ou expostas — estão as cidades brasileiras aos riscos climáticos que podem afetar seus sistemas de mobilidade. 

Esta edição de 2025 do IVMU chega em um momento de crescente atenção política e institucional às questões climáticas, tanto em âmbito regional quanto global. Com a realização da COP30 em Belém, em 2025, o Brasil ocupa uma posição estratégica para avançar em compromissos e investimentos concretos em adaptação climática. O índice oferece uma estrutura comparável e simples para orientar políticas públicas, apoiar decisões de financiamento e priorizar ações de adaptação para a mobilidade urbana nos níveis nacional, estadual e municipal. 

A edição de 2025 do IVMU foi aplicada em 320 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, abrangendo mais de 115 milhões de pessoas. Os resultados revelam fortes desigualdades regionais. 

  • As regiões Norte e Nordeste concentram a maior proporção de cidades com alta vulnerabilidade, impulsionada pela baixa densidade urbana, pelas condições precárias de deslocamento e pela alta sensibilidade social. Já as regiões Sul e Sudeste apresentam perfis mais diversos, com muitos municípios em níveis intermediários ou baixos de vulnerabilidade. 
  • As cidades de médio porte (100 a 300 mil habitantes) são as mais vulneráveis, combinando baixa densidade, condições precárias para a caminhada e limitada capacidade institucional. As cidades maiores, apesar de apresentarem maior capacidade de adaptação, enfrentam longos tempos de deslocamento e alta exposição a eventos extremos. 
  • Nas regiões metropolitanas, as áreas centrais tendem a ser mais resilientes, enquanto as áreas periféricas enfrentam maiores níveis de sensibilidade e risco climático. 

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