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Entenda por que o Rio de Janeiro precisa de vias mais seguras

A segurança viária é uma das principais causas de morte no mundo, e o Brasil está entre os cinco que mais mata no trânsito: no ano passado, foram mais de 30 mil vidas perdidas. Em termos comparativos, é como se um município brasileiro de médio porte simplesmente desaparecesse a cada 365 dias, segundo o Boletim Ruas Mais Seguras

Na última quarta (6), o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, solicitou à CET-Rio, empresa que cuida da gestão de tráfego na capital carioca, a readequação dos limites de velocidade nas vias da orla. A medida é de extrema importância considerando que, segundo a Prefeitura, mais de 600 pessoas perderam as suas vidas em sinistros no trânsito do Rio no ano passado, e mais de 60% foram devido a atropelamentos. 

Foto: Kelly Pereira - CET - Rio

Não são acidentes

Adequar a velocidade significa preservar vidas

Sem sinistros, o trânsito tem mais fluidez

É mais econômico

Existem cidades para se inspirar

Antes mesmo do pedido de Paes para a readequação das vias na última semana, a sociedade civil já vinha demandando a medida. Em março deste ano, a Comissão de Segurança no Ciclismo da Cidade do Rio de Janeiro (CSC-RJ) protocolou um pedido de estudo de viabilidade técnica para a redução das velocidades máximas nas vias de toda a extensão da orla da Cidade. 

Em paralelo, organizações da sociedade civil se mobilizam em escala nacional para aprovar o PL 2789/2023, que adequa o Código de Trânsito Brasileiro ao paradigma dos Sistemas Seguros e reduz o limite de velocidade em avenidas de 60 km/h para 50 km/h, seguindo recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) para áreas urbanas. O ITDP Brasil é uma das organizações que apoiam o PL, que conta com um abaixo-assinado.

Ciente da necessidade de mudança, a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro já tinha se comprometido em dar um importante passo para reduzir as mortes no trânsito. Em maio, lançou o Plano de Segurança Viária, que segue as diretrizes do Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans), criado em 2018. O documento municipal define um conjunto de ações para preservar as vidas dos cariocas: a meta é reduzir em 20% a taxa de mortes no trânsito até 2024, e em 50% até 2030. 

A redução da velocidade não somente na orla, mas também em outras vias da cidade, será fundamental para não banalizar mais a perda de vidas.

Foto: Kelly Pereira - CET - Rio

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