No segundo ano do projeto A Cor da Mobilidade, o ITDP Brasil continuou discutindo como o racismo afeta os sistemas de transporte. Nessa nova etapa, foram realizados três encontros virtuais com especialistas e ativistas que trabalham com mobilidade urbana para dialogar e refletir sobre os principais desafios e necessidades dos deslocamentos da população negra no Brasil.
Os encontros, promovidos em outubro do ano passado, contaram com pessoas interessadas no temae tiveram o apoio da Ciclocidade e Pedal na Quebrada. No total foram mais de 170 participantes, com cobertura jornalística do Rio On Watch.
Produzimos um relatório com um breve relato dos encontros e as principais discussões realizadas, acesse na imagem ao lado. Queremos que esse material, além de registrar e divulgar os encontros, também sirva de insumos para a formulação de políticas públicas sensíveis à raça.
Os próximos passos do projeto ainda estão em discussão, mas o ITDP continua acreditando que a disseminação desses conteúdos é uma forma de comunicar para a audiência que o racismo dentro da mobilidade urbana precisa ganhar visibilidade e ser reconhecida por gestores públicos e organizações da sociedade civil.
Nos vídeos abaixo você assiste às rodas de conversa na íntegra:
Por que a mobilidade urbana precisa ser antirracista?
O primeiro encontro discutiu os desafios dos deslocamentos da população negra no Brasil, com participação de Rafaela Albergaria e Paíque Duques Santarém, organizadores do livro “Mobilidade Antirracista” e mediação de Mariana Brito, coordenadora de comunicação do ITDP Brasil.
Como construir um transporte justo e de qualidade para todos?
O segundo evento discutiu mobilidade e direito à cidade, com recorte para as necessidades e dificuldades da população negra. Participaram da mesa a arquiteta e urbanista, Sarah Esli e Luana Costa, do Movimento Nossa BH, com mediação de Lorena Freitas, coordenadora de gestão da mobilidade do ITDP Brasil.
Pedalar como resistência: como o racismo afeta a mobilidade por bicicleta
O último encontro discutiu os principais desafios que restringem os deslocamentos por bicicleta para a população preta, pobre e parda. Convidamos Carlos Greenbike, do Pedala Queimados, e Jamile Santana, do Afro Ciclo, para compor a mesa. O encontro foi mediado por Jô Pereira, da Ciclocidade.