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ITDP avalia percentual de pessoas próximas a infraestruturas cicloviárias

Para avaliar as políticas de ciclomobilidade com maior efetividade, o ITDP Brasil apura anualmente um indicador percentual de pessoas que vivem próximas da infraestrutura cicloviária (PNB sigla em inglês para People Near Bike Lanes). A partir da rede cicloviária disponível na plataforma CicloMapa, uma parceria do ITDP com a União de Ciclistas do Brasil (UCB), o indicador mostra quantas pessoas moram a menos de 300 metros de uma ciclovia e ciclofaixa.

A bicicleta é um modo eficiente e de baixo custo que tem benefícios para o meio ambiente e para a saúde da população. Nas 20 maiores cidades brasileiras, ela também é o modo mais rápido para acessar estabelecimentos de saúde, educação e os postos de trabalho, mas apesar do enorme potencial, seu uso diário ainda é muito restrito no país.

De acordo com o estudo do perfil do ciclista no Brasil, elaborado pela Transporte Ativo, um dos principais fatores que fariam as pessoas usarem a bicicleta com mais frequência é a melhoria da infraestrutura cicloviária e da percepção de segurança viária. Portanto, morar próximo de ciclovias ou ciclofaixas é um fator que pode estimular as pessoas a pedalarem para se deslocar na cidade.

No Brasil, a extensão da rede cicloviária é muito utilizada pelas prefeituras para monitorar o alcance da infraestrutura. Mas essa métrica é limitada para avaliar a efetividade da rede para uso nos deslocamentos diários. Afinal, nela estão inclusos partes da infraestrutura cicloviária destinada para o lazer em parques, orlas e praças que não necessariamente contribuem para tornar o deslocamento diário mais prático para os ciclistas.

Os resultados do indicador para 2019 mostram que 4 em cada 5 pessoas moram distante das vias destinadas às bicicletas nas capitais brasileiras. Este dado é mais preocupante para as pessoas de baixa renda, que encontram-se ainda mais longe.

Somente 13% da população com renda mensal abaixo de 1 salário mínimo mora próximo a essa infraestrutura, enquanto 30% dos moradores com renda acima de 3 salários mínimos estão a 300 metros de uma rota segura para ciclistas.

O resultado do PNB depende de dois fatores: a localização da infraestrutura cicloviária e a distribuição da população no território. A evolução desse indicador pode ser útil para auxiliar  na expansão das redes cicloviárias com o objetivo de tornar a bicicleta um meio de transporte mais atrativo e não apenas utilizado para lazer. Afinal, se o PNB de uma cidade cresce após um ano, significa que os investimentos na expansão de ciclovias e ciclofaixas estão mais próximos da população.

Acompanhe os resultados anuais do PNB para todas as capitais na MobiliDADOS e veja como tornar as cidades mais amigáveis para os ciclistas no Guia de Planejamento Cicloinclusivo.

O papel da bicicleta na pandemia

A bicicleta se tornou uma grande aliada contra a Covid-19 | Foto: Taba Benedicto (ITDP Brasil)

Nesse momento de pandemia, é fundamental lembrar que a bicicleta é uma alternativa eficiente para garantir a circulação minimizando a exposição e o contato social. Muitas cidades estão implementando iniciativas para estimular o uso da bicicleta. Bogotá estendeu a operação dos 117 quilômetros de ciclovias de lazer realizada aos domingos para todos os dias da semana. Iniciativas para estimular o uso da bicicleta estão em implantação em cidades como Paris, Berlim, Barcelona, Londres e Lima. O Prefeito de Nova York recomendou que sejam priorizados os deslocamentos a pé ou por bicicleta para evitar exposição à lotação nos transportes. 

Sobre o CicloMapa

O CicloMapa é um projeto conjunto da União dos Ciclistas do Brasil (UCB) e do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP Brasil) para apresentar mapas cicloviários de todas as cidades brasileiras com base em dados abertos do OpenStreetMap (OSM). O OSM é um mapa colaborativo, onde qualquer pessoa pode editar, corrigir e adicionar infraestruturas cicloviárias. 

Por meio deste projeto, o ITDP e a UCB buscam dar visibilidade e fomentar o mapeamento colaborativo de infraestrutura cicloviária. Pensando nisso, foram elaborados tutoriais que explicam o que é mapeamento colaborativo, como editar a infraestrutura cicloviária no OSM e organizar levantamentos de campo via Mapillary. Veja como contribuir para a atualização de dados da sua cidade com os nossos vídeos tutoriais.

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