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Inovação e aplicação de dados na gestão

A Oficina de Troca de Experiências em BRT, realizada em setembro de 2017 pelo ITDP Brasil, gerou contribuições significativas sobre os principais desafios e questões transversais identificados por gestores e operadores, no planejamento e gestão de sistemas BRT. Neste quarto post, exploramos o tema da inovação e aplicação de dados na gestão.

O transporte público está passando pela mesma revolução pela qual passa o mundo: a revolução dos dados. Os sistemas de GPS, bilhetagem e controle operacional produzem informações que podem ser aplicadas na gestão inteligente dos corredores e na comunicação em tempo real com os usuários.

Foto:Gabriel Oliveira, ITDP Brasil

Porém, os sistemas, as tecnologias existentes e os dados gerados só podem ser úteis caso sejam processados de forma adequada. Operadoras destacaram a importância deste processamento para uma gestão mais apurada. Gestores públicos manifestaram interesse e urgência de acesso mais direto aos dados brutos, o que por vezes têm se constituído um obstáculo para maior acompanhamento e fiscalização do serviço prestado. Neste sentido, foi mencionada diversas vezes a necessidade de regulações mais exigentes sobre a propriedade e processamento destas informações, que garantam acesso ao gestor público sobre as bases. Foi ainda citada a possibilidade de veto aos financiamentos de projetos e corredores que não contemplem esse tipo de detalhamento. Esta foi uma solução apontada como uma possibilidade a ser explorada para a repartição tarifária em sistemas abertos ou com mais de uma operadora.

A modelagem de contratação de inovação e novas tecnologias foram citadas em 43% dos casos abordados na oficina. Em algumas experiências, aplicativos são desenvolvidos pelas próprias empresas operadoras e órgão gestor, mas esbarram na dificuldade de manter aprimoramento contínuo. Em 36% dos casos, sugeriu-se que o gestor público e/ou operador realizem a abertura de dados do sistema via API (conjunto de padrões estabelecidos por um software para a utilização das suas funcionalidades por aplicativos, para acesso a dados de GPS em tempo real por exemplo), de forma a tornar possível o desenvolvimento de soluções customizadas pela própria comunidade.

Alguns participantes expuseram também o receio de que novas tecnologias possam representar acréscimo de custos. Nesse sentido, foi enfatizada a oportunidade de formação de parcerias com startups e universidades, como forma de mitigar este problema.

Nos últimos dez anos, o Brasil dobrou a extensão de corredores de BRT. Espera-se que mais prioridade ainda seja dada ao transporte coletivo, para que as cidades e regiões metropolitanas brasileiras sigam no caminho de uma mobilidade sustentável. A partir das questões transversais identificadas na Oficina de Troca de Experiências em BRT, estratégias como a integração de planejamento e gestão devem ser adotadas para o aprimoramento dos projetos de BRT já concluídos e projetos a serem desenvolvidos.  

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